quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Usando a tecnologia contra Alzheimer


Uma nova tecnologia espanhola que combina ressonância magnética de alta resolução para obtenção de imagens de grande precisão de diferentes áreas cerebrais com a inteligência artificial promete apontar cedo o risco de uma pessoa vir a desenvolver alzheimer. O estudo, denominado Ressonância Magnética estrutural e funcional: estudo multicêntrico das fases iniciais do alzheimer na comunidade Autônoma de Madri, foi desenvolvido no Centro Alzheimer Fundação Rainha Sofia - Fundação CIÉN da capital espanhola.


O Grupo de Pesquisadores em Demência da Comunidade de Madri (Demcam) apresentou a tecnologia Madri. O projeto foi realizado por mais de 30 cientistas espanhóis, e pretende discriminar as pessoas cognitivamente sadias das que possivelmente desenvolverão a doença.


O alzheimer é uma doença neurodegenerativa irreversível de causas desconhecidas e que leva à demência e deteriora gravemente as funções cognitivas e funcionais. Porém, a demência nem sempre é um sinal que aparece em todos os pacientes, e os médicos alertam também para o fato de que o alzheimer não está ligado à idade do paciente - ou seja, não é uma doença exclusiva dos idosos.

Em um grupo de 170 voluntários participantes do estudo, a nova tecnologia conseguiu obter resultados com 95% de exatidão e diferenciou os pacientes saudáveis dos que tinham o risco de desenvolver a doença. O novo exame utiliza ressonância magnética em 3D e obtém imagens cerebrais com maior agilidade quando comparado a outras técnicas.

Sua aplicação generalizada ajudará a prevenir o desenvolvimento do alzheimer a partir de seus estádios mais iniciais, ou seja, inclusive antes de ser visualizada a deterioração cerebral que provoca. Além disso, é possível que esta nova tecnologia, que inclui conjuntamente quatro tipos de técnicas de imagem (volumetria, difusão, perfusão e espectroscopia), favoreça o desenvolvimento de medicamentos contra a doença.

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